O resultado do referendo grego, onde o "não" obteve uma vitória significativa (com uma participação de mais de 60%) deu-nos algumas indicações importantes:
– falhou a chantagem das instituições e dos governos europeus - o medo foi derrotado! Mas isto não significa que os chantagistas vão desistir.
– foi afirmada a dinâmica de uma alternativa política à linha de austeridade que tem vindo a ser imposta – a esperança venceu! Mas isto não significa que os austeritários se vão disponibilizar para um acordo que responda às necessidades do povo grego e dos povos europeus.
A vitória do "não" abre um novo ciclo de um combate difícil, duro e longo, mas onde existe agora mais confiança para enfrentar as batalhas que se avizinham. E a certeza de que os gregos, todos nós, não estamos sós.
Hoje exige-se respeito pelas opções decididas democraticamente, que não podem ser entendidas como uma ofensa.
As instâncias europeias vão fazer tudo para recuperar da derrota sofrida no referendo de consulta ao povo. Não sabemos qual será o resultado deste difícil processo. Mas sabemos que o ciclo da submissão foi quebrado.
É a nossa vez de usar da palavra.
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