por Carlos Matos Gomes
Como melhorar a sua distribuição?
Quais as funções essenciais do Estado?
Quais os serviços públicos nacionais, como os hierarquizar e como os financiar?
Qual a organização do território, a distribuição de poderes locais e a sua responsabilização?
Que objetivos temos na UE e que alianças nos propomos incentivar para os conseguir?
O desafio da “denúncia do memorando” é o de estabelecer um programa alternativo credível e viável que possa obter um consenso entre as forças internas que se opõem a este governo para recompor o Estado que está a ser desmantelado e vendido às peças a preço de sucata e entre as forças dos países da União para alterar as suas políticas dominadas pelo capital financeiro.
Sendo para mim evidente que o “memorando” não corresponde às necessidades do país e que mais tarde ou mais cedo (quanto mais cedo melhor) terá de ser aberta uma negociação com os credores o que julgo mais importante é não cairmos na demagogia das afirmações que caem bem ao ouvido, mas não cuidam das suas consequências e riscos, além de não contribuírem para a resolução de nenhum problema. A alternativa à listagem e publicitação dos malefícios do “acordo da troika”, isto é, o nosso primeiro desafio, deve ser a obtenção de um consenso sobre o que queremos propor em troca da renegociação da dívida e do acordo e o que queremos fazer com o tempo (e o dinheiro) que nos for concedido.
O grande desafio da “denúncia do acordo da troika” é o estabelecimento de um acordo viável quanto às transformações que queremos propor aos nossos concidadãos para não necessitarmos dele (acordo da troika).
Estas transformações têm a ver fundamentalmente com o papel e a organização do Estado. Entre outras:
Como aumentar a produção de riqueza?