por António Garcia Pereira
Para tal é essencial o pleno aproveitamento da excelente localização geo-estratégica do nosso País – que, em particular com a conclusão das obras de ampliação do canal do Panamá, e com o facto de Sines ser o único porto atlântico de águas profundas de toda a Península Ibérica, possibilita que ele seja a grande porta de entrada e da saída de mercadorias na Europa por via marítima, provindas não apenas de África e da América, mas também do Oriente – e da nossa Zona Económica Exclusiva (63 vezes superior à área do Território nacional e a maior de toda a União Europeia).
A modernização dos nossos portos, a edificação de uma rede ferroviária mista, de bitola europeia e de prestações elevadas, ligando os nossos portos entre si e estabelecendo a respectiva ligação ao Centro e Norte da Europa pela rota tradicional de Vilar Formoso – Valladolid – Irún; a restauração das nossas frotas de pesca e de comércio, com a revificação dos nossos sectores da construção e reparação nacional e da siderurgia e metalurgia, bem como a recusa do modelo assente nos baixos salários e no trabalho intensivo, precário e cada vez mais desqualificado, e a aposta no investimento tecnológico, na alta formação e qualificação dos trabalhadores, e na salvaguarda dos direitos e regalias destes (com a revogação imediata das disposições mais celeradas do Código do Trabalho, como a facilitação e embaratecimento dos despedimentos e da contratação precária, o aumento das jornadas de tempo de trabalho, o roubo dos salários e a destruição da contratação colectiva) são pontos estruturantes duma política de desenvolvimento da economia nacional e de combate ao desemprego que só um Governo democrático e patriótico está em condições de levar a cabo. Mas que está por inteiro ao alcance da nossa vontade e da nossa capacidade de luta!