por Jorge Manuel Martins Lopes
Deve haver uma forte participação e contributo da parte dos meios de comunicação social na formação e educação social e cultural dos jovens através de diversas formas: fortes campanhas de sensibilização juvenil organizados pelas principais estações nacionais generalistas de televisão (RTP, SIC, TVI) e pelos mais importantes canais nacionais de televisão por subscrição junto de temas como a sociedade, as pessoas portadoras de deficiências, a saúde, a sexualidade, o ambiente ou a cultura em televisão, rádio e imprensa e com uma forte aproximação às populações juvenis através de palestras e encontros; criação de um canal público de sinal aberto e de cobertura nacional que tenha uma forte preocupação com a educação, formação, conhecimento e talento dos jovens e com uma educação e formação integral dos jovens a nível social, científico, histórico e cultural; criação de gabinetes de apoio social e psicológico (totalmente independentes das escolas) a jovens estudantes do ensino básico e secundário; inclusão das disciplinas de Educação Cultural e de Educação Financeira dentro dos currículos nacionais dos ensinos básico e secundário em todos os anos de escolaridade sem exceção; reforço significativo e progressivo do Plano Nacional de Leitura dentro das escolas com especial preocupação para a inclusão semanal, em tempo de sala de aula, de um espaço dedicado ao incentivo à literacia e à leitura e para o reforço da presença de livros que tenham um forte incentivo para a criatividade dos estudantes e/ou que tenham uma forte preocupação em relação ao tema de “mudar por um mundo melhor”.
Há que se ter também uma forte preocupação em relação às pessoas portadoras de deficiências, principalmente no que toca à consciencialização dos seus problemas e à forma como eles arranjam emprego. Por isso, poderão ser instituídos, num futuro próximo e de uma forma bastante necessitada, cheques-emprego para pessoas deficientes que estejam desempregados ou à procura do primeiro emprego durante, no mínimo, 2 meses. Também poderá ser incluída dentro dos currículos nacionais dos ensinos básico e secundário uma disciplina que alerte não só para os problemas da sociedade mas também para os problemas das pessoas deficientes e também criar uma revista de serviço público que alerte o público em geral para os problemas e as dificuldades das pessoas portadoras de deficiência, que circule a nível nacional, que conte com o apoio de instituições e de grandes empresas de comunicação social e cuja maioria do preço de capa vendido em cada exemplar seja atribuída às instituições de solidariedade social que mais se preocupam com os deficientes.
Propõe-se também a obrigatoriedade total e universal do ensino pré-primário para todas as crianças portuguesas.