A austeridade e a desvalorização interna podem trancar a economia portuguesa numa senda de dependência, de salários baixos e de precariedade laboral. É preciso pensar a economia portuguesa no contexto da crise e na perspectiva do seu desenvolvimento. É preciso no imediato responder ao problema prioritário: o desemprego. É preciso, ao mesmo tempo, encarar de frente os desequilíbrios externos da economia portuguesa e encontrar respostas económica, social e ambientalmente sustentáveis. É também preciso, em simultâneo, para que a porta se mantenha aberta, pensar uma estratégia de desenvolvimento inclusiva, capaz de assegurar a coesão territorial, o desenvolvimento regional e equidade social.
- Como conter a destruição de emprego em contexto recessivo e qual o papel das políticas públicas na criação de emprego?
- Como corrigir os desequilíbrios macroeconómicos da economia portuguesa preservando o valor e a dignidade do trabalho e combatendo as desigualdades?
- Como garantir um sistema fiscal que promova um desenvolvimento económica, social e ambientalmente sustentável?
- Qual o papel dos sindicatos, dos movimentos sociais, das associações empresariais e da concertação na definição de uma estratégia de desenvolvimento?
- Qual o papel das formas sociais e solidárias de economia, assim como as capacidades territoriais, numa estratégia de desenvolvimento?
- Como potenciar o crescimento aproveitando as sinergias entre o desenvolvimento sustentável e as potencialidades associadas ao valor da economia verde (energias renováveis, revalorização dos resíduos, preservação e valorização dos recursos naturais, patrimoniais, paisagísticos e da biodiversidade, etc.)?
- Como se deve encarar o investimento, incluindo o investimento público, para que ele seja um instrumento de quebra do círculo vicioso da estagnação e da crise?
- Como assegurar um adequado financiamento das empresas, das famílias e das organizações e qual o papel da banca?